NOTA REBAIXADA: Fazenda sustenta capacidade do país de reduzir a choques

Corte anunciado pela Agência Fitch deixa  país ainda mais longe do grau de investimentos. Governo brasileiro cita baixa presença de dívidas de curto prazo

O Ministério da Fazenda destacou em nota que o pais tem fundamentos macroeconômicos que permitem tanto absorver choques internacionais e domésticos como garantir a sustentabilidade da dívida pública. A afirmativa é uma resposta à agência Fitch, que rebaixou a nota do país em resposta à decisão do governo brasileiro em retirar de pauta a reforma da Previdência. Nesta agência de ratig, a nota soberana brasileira foi para -BB com perspectiva estável. A anterior era BB com perspectiva negativa.

Para o ministério da Fazenda, o país se encontra com reduzida exposição cambial e baixa concentração de vencimentos no curto prazo, além de uma base diversificada de investidores para seu financiamento, o que contribui para mitigar os riscos inerentes à sua gestão. Na nota, apontou "avanços já obtidos com a aprovação de medidas como o Teto de Gastos, a Reforma Trabalhista, o Programa de Recuperação Fiscal dos Estados, a reformulação das políticas de crédito do BNDES e a nova Taxa de Longo Prazo (TLP)".

Segundo a Fitch, o rebaixamento deu-se em razão dos grandes e persistentes déficits fiscais e pelo peso da dívida do governo, que segue crescente, além de falta reformas que melhorem o desempenho estrutural das finanças públicas.Sobre a reforma da Previdência, disse que a matéria "representa um importante revés na agenda de reformas que mina a confiança de médio e longo prazo na trajetória da dívida pública e o compromisso político para abordar o problema". A agência diz, também, que os investimentos caíram para "novos mínimos".

De acordo com a Fitch, o cenário político para 2018 continua a ser um desafio e seria necessária uma forte liderança política e governabilidade para avançar nas reformas, aumentar o crescimento e reduzir as preocupações com a sustentabilidade da dívida no médio e longo prazo.No mês passado, agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) rebaixou o Brasil para três níveis abaixo do grau de investimento com perspectiva estável.

No fim de dezembro, o ministro Henrique Meirelles fez uma teleconferência com em que pediu  a Standard&Poor's, Fitch e Moody’s aguardassem a votação da reforma da Previdência, prevista para fevereiro, antes de tomarem qualquer decisão sobre a nota do Brasil. Em sua resposta nesta sexta-feira (23), o Ministério da Fazenda ressaltou ainda que segue comprometido em progredir com a agenda de reformas macro e microeconômicas "destinadas a garantir o equilíbrio das contas públicas, crescimento econômico sustentável e contínua melhoria do ambiente de negócios”.

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