OI: Anatel e AGU votam contra, mas credores aprovam proposta de reestruturação


Ainda durante a assembleia, a concessionária mudou a proposta relativa a pagamentos de multas a Anatel. A agência e a Advocacia Geral da União votaram pela reprovação da proposta

O plano de reestruturação judicial da Oi foi aprovado na madrugada desta quarta-feira em assembleia de credores. O evento aconteceu no Rio de Janeiro realizada no Rio de Janeiro, abrindo caminho para a recuperação da operadora pressionada por dívidas de R$ 64 bilhões. Caso a assembleia rejeitasse o plano de recuperação, o futuro da operadora estaria ameaçado por um processo de falência.

Com a aprovação, uma injeção de capital de 4 bilhões de reais poderá ser feita na operadora até o início de 2019.A aprovação do plano, no maior processo de recuperação judicial da história da América Latina, encerra uma saga de 18 meses. Acionistas interessados em manter controle sobre a maior parte possível da operadora e credores que acabaram reduzindo sua oferta de conversão das dívidas de 85% para 75% do capital da companhia.

Entre os principais acionistas da Oi estão o grupo português Pharol, oriundo da fracassada fusão da companhia com a Portugal Telecom e detentor de 27,5% das ações ordinárias da operadora. Outro acionista relevante é o fundo Société Mondiale, do empresário Nelson Tanure, que montou posição de 6,5% dos papéis ON da Oi no ano passado.

Ainda durante a assembleia, a concessionária mudou a proposta relativa a pagamentos de multas a Anatel. A agência e a Advocacia Geral da União votaram pela reprovação da proposta, mas o voto majoritário dos credores prevaleceu.

Em nota enviada pela assessoria da operadora, a Oi afirmou que o plano aprovado viabiliza um fluxo de caixa adequado, permitindo os pagamentos da dívida remanescente e assegurando um novo patamar de investimentos. "Os créditos listados na recuperação judicial da Oi totalizavam R$ 64 bilhões, que incluíam R$ 49,4 bilhões de dívida financeira – o restante englobava passivos trabalhista, de fornecedores, regulatórios e cíveis. Pelo plano, os R$ 49,4 bilhões caem para R$ 23,9 bilhões, permitindo redução de alavancagem financeira líquida, considerando valor de face da dívida, para menos de 3 vezes o Ebitda", acrescenta.
 (com informações da Exame, Rede Globo e Reuters)
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