TENDÊNCIAS: Economistas afirmam na Fieb que país precisa aumentar participação no mundo


Para tanto, há carência de mais conexões com nações emergentes e mais desenvolvidas. Solução para semiárido e desmitificação das commodities também foram citadas

O Brasil precisa ampliar conexões com nações emergentes e desenvolvidas, que lhe permita aumentar sua participação na economia mundial. Foi o recado dos dois palestrantes do Encontro Tendências da Economia Brasileira – Desafios da Bahia, realizado na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb).

Gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco classificou como mito afirmar que commodities não têm alto valor agregado, ou que não utilizam tecnologias avançadas. “A exploração de petróleo em águas profundas é um exemplo que nega isso, assim como a produção de grãos, com as pesquisas realizadas pela Embrapa”.

Promovido pelo Instituto Brasileiro de Políticas Sociais e Econômicas (Ibrapse) e Fieb, o encontro contou também com Fernando Pedrão, professor do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Urbano da Unifacs. Murilo Barbosa, do Ibrapse, que atuou como moderador.

 Castelo Branco defendeu ainda que parte da “desindustrialização” brasileira decorre da falta de um ambiente favorável ao investimento, dos problemas de infraestrutura e do aumento de custos em um ritmo maior do que o avanço da produtividade.

Para Fernando Pedrão, o Brasil precisa encontrar seu próprio espaço no concerto das nações, trilhando um caminho que una o desenvolvimento socialmente inclusivo e o respeito aos recursos naturais e humanos.

Em relação à economia baiana, Pedrão destacou a necessidade de se estabelecer políticas para desenvolver o semiárido, em atividades como mineração, exploração do sisal, as fontes de energia solar e eólica. Mas tudo isso a partir de algo maior: diretrizes que surjam a partir de um planejamento regional.


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