SETOR PÚBLICO: Governo federal aposta todas as fichas no balanço do PIB


Desempenho do primeiro trimestre sai nesta quinta. Indicadores desagregados podem gerar força para a aprovação das reformas

Adriano Villela
O resultado do PIB no primeiro trimestre - a ser divulgado nesta quinta-feira (1º) – virá positivo, segundo declarou o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. A notícia será positiva, sem dúvida, depois de oito trimestres de recessão. Mas é algo já esperado pelo mercado, devido à maior safra agrícola e ao IBC-BR, do Banco Central, que também mede a dinâmica produtiva e já apontou alta de 1,12%.

O que vai definir se os indicadores favoráveis vão reforçar o otimismo quanto a atual política econômica serão os valores desagregados da pesquisa do IBGE. Crescimento sustentado basicamente na atividade rural indica oscilações negativas no futuro. Além do desempenho do comércio e da indústria, vale observar o nível de investimento e de poupança.

Bons números neste campo serão argumentos a mais no convencimento do Congresso para a aprovação das reformas trabalhista e previdenciária. Ambas são alvo de resistências sociais e de ânimo menor no parlamento após as divulgações de denúncias que renderam um inquérito contra o presidente Michel Temer.

No momento, há dificuldades para a votação de matérias menores, como as medidas de contingenciamento anunciadas em março – essenciais, no momento, para fechar o ano na meta que autoriza déficit de R$ 139 bi e não no rombo maior – e de medidas que afetam a atividade produtiva, como os incentivos fiscais que, se extintos, podem levar ao fechamento de indústrias importantes, sobretudo no Nordeste.

É certo que a crise política vai impactar em todo o processo, agora que envolve o próprio Palácio do Planalto e põe em dúvida a conclusão do mandato presidencial. Grande parte dos parlamentares deve se candidatar no próximo ano e tem pouca adesão a medidas impopulares de um governo idem.

O próprio presidente Temer admite não ter, no momento, votos para aprovar as mudanças previdenciárias. Mas uma recuperação econômica mais consistente, com retomada acentuada na geração de empregos, pode impulsionar os projetos do governo federal.  A dificuldade é que somente isso parece poder dar novo fôlego ao rumos econômicos e políticos do país.

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