ROMBO FISCAL: Governo Federal apresenta medidas, mas não resolve o problema
O país vem de uma sequência de 11 trimestres de queda. Gastar esperando uma retomada da produção antes de um primeiro sinal - ao menos um trimestre de alta - me parece bastante arriscado.
Adriano Villela
As medidas anunciadas nesta quarta-feira (29) pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, atende - a princípio - às determinações legais. O orçamento, como peça burocrática, volta a fechar, mas os próximos balanços de receitas e despesas trarão mais emoção.Já se sabe que os recursos da venda de hidrelétricas (R$ 10,2 bilhões) são potenciais. Neste caso, quero crer, o governo federal deve ter salvaguardas caso haja alguma frustração.
Mas a verdade - ainda não abordada - é que o país pode não crescer 0,5%, como a União projeta agora. O principal entrave ainda não equacionado está na combatida e antiga prática de prever receitas improváveis. O atual rombo - de R$ 58,5 bilhões - foi criado porque o orçamento de 2017 foi concebido de uma forma otimista (crescimento de 1%).
No começo da noite, Meirelles anunciou um contingenciamento de R$ 42 bilhões, o fim das desonerações fiscais tituição do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para as cooperativas (R$ 1 bilhão) e o fim de desonerações sobre a folha (R$ 4,6 bilhões). O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, participou da elaboração e divulgação do pacote.
Se o Brasil tiver expansão de apenas 0,2%, a economia vai até crescer, mas a equipe de Meirelles terá, de fato, um problema. O país vem de uma sequência de 11 trimestres de queda. Gastar esperando uma retomada da produção antes de um primeiro sinal - ao menos um trimestre de alta - me parece bastante arriscado. (atualizada no dia 30, às 9h20)
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As medidas anunciadas nesta quarta-feira (29) pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, atende - a princípio - às determinações legais. O orçamento, como peça burocrática, volta a fechar, mas os próximos balanços de receitas e despesas trarão mais emoção.Já se sabe que os recursos da venda de hidrelétricas (R$ 10,2 bilhões) são potenciais. Neste caso, quero crer, o governo federal deve ter salvaguardas caso haja alguma frustração.
Mas a verdade - ainda não abordada - é que o país pode não crescer 0,5%, como a União projeta agora. O principal entrave ainda não equacionado está na combatida e antiga prática de prever receitas improváveis. O atual rombo - de R$ 58,5 bilhões - foi criado porque o orçamento de 2017 foi concebido de uma forma otimista (crescimento de 1%).
No começo da noite, Meirelles anunciou um contingenciamento de R$ 42 bilhões, o fim das desonerações fiscais tituição do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para as cooperativas (R$ 1 bilhão) e o fim de desonerações sobre a folha (R$ 4,6 bilhões). O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, participou da elaboração e divulgação do pacote.
Se o Brasil tiver expansão de apenas 0,2%, a economia vai até crescer, mas a equipe de Meirelles terá, de fato, um problema. O país vem de uma sequência de 11 trimestres de queda. Gastar esperando uma retomada da produção antes de um primeiro sinal - ao menos um trimestre de alta - me parece bastante arriscado. (atualizada no dia 30, às 9h20)
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