INVESTIMENTO:Após lucro surpreendente e reestruturação, Vale chama a atenção de investidores, mas ainda há riscos
Para analista, o momento da empresa é positivo, mas deve-se observar fatores externos à mineradora, como a China e o preço do minério de ferro
A mineradora Vale (VALE5) terminou o ano de 2016 com R$ 13,3bi de lucro, revertendo o resultado negativo de 2015, quando amargou prejuízo de R$ 44,2bi. A produção forte e a recuperação de preço do minério de ferro foram os principais fatores que influenciaram na retomada da gigante brasileira.
O mercado já havia ficado animado com a empresa quando a proposta para reestruturação de governança a fim de transformar a companhia em uma “empresa de capital pulverizado” foi anunciada.
Pela proposta, os acionistas que têm ações preferenciais classe A (PNA) poderão convertê-las em ordinárias (ON), sendo que, para cada ação PNA, o investidor receberá 0,9342 ação ON assim, todos os acionistas passarão a gozar dos mesmos direitos, dentre os quais o de voto nas assembleias de acionistas.
Transparência
Para Ricardo Schweitzer , analista da consultoria de investimentos Empiricus Research e responsável pelo relatório Mercado em 5 Minutos , “a mudança é positiva, pois deve trazer mais transparência em relação à gestão da companhia”. Schweitzer destaca que gestão é um dos pontos fortes da Vale; segundo ele, “é uma empresa muito bem gerida, com bom planejamento de oferta e foco em controle de custos de produção”.
O analista ressalta que, apesar de ser uma boa empresa, para investir nela é preciso ficar atento a fatores externos à companhia, sobre os quais ela não tem controle. Na segunda metade do ano passado, a China passou a produzir aço em um ritmo mais acelerado, na expectativa de um reaquecimento do mercado de infraestrutura do país em 2017.
China
Atualmente no patamar dos R$30, os preços das ações da Vale (VALE5 e VALE3) refletem o momento de euforia do mercado com o preço do minério de ferro. Mesmo com os números positivos, Schweitzer pondera que, em 2015, a China atingiu pico de demanda, mas, já em 2016, apresentou uma pequena retração. “O país concentra entre 50% e 60% da capacidade siderúrgica do mundo. Qualquer movimento, mesmo que pequeno, deve ser olhado com bastante atenção”.
Schweitzer explica que a precificação da Vale é muito atrelada ao preço do minério de ferro internacional. Se este cai, a ação tende a acompanhar o movimento. “No mercado, é frequente a leitura de que o atual patamar de preço é insustentável. Mas isso ainda não está precificado no valor da ação. De acordo com nossas análises, o preço do minério de ferro no longo prazo, em termos de equilíbrio de oferta e demanda, é da ordem de 50 dólares. Se esse cenário se concretizar, ações da Vale podem sofrer desvalorização expressiva”, alerta. (Reportagem enviada pelo Divulgador de Notícias, Dino)
A mineradora Vale (VALE5) terminou o ano de 2016 com R$ 13,3bi de lucro, revertendo o resultado negativo de 2015, quando amargou prejuízo de R$ 44,2bi. A produção forte e a recuperação de preço do minério de ferro foram os principais fatores que influenciaram na retomada da gigante brasileira.
O mercado já havia ficado animado com a empresa quando a proposta para reestruturação de governança a fim de transformar a companhia em uma “empresa de capital pulverizado” foi anunciada.
Pela proposta, os acionistas que têm ações preferenciais classe A (PNA) poderão convertê-las em ordinárias (ON), sendo que, para cada ação PNA, o investidor receberá 0,9342 ação ON assim, todos os acionistas passarão a gozar dos mesmos direitos, dentre os quais o de voto nas assembleias de acionistas.
Transparência
Para Ricardo Schweitzer , analista da consultoria de investimentos Empiricus Research e responsável pelo relatório Mercado em 5 Minutos , “a mudança é positiva, pois deve trazer mais transparência em relação à gestão da companhia”. Schweitzer destaca que gestão é um dos pontos fortes da Vale; segundo ele, “é uma empresa muito bem gerida, com bom planejamento de oferta e foco em controle de custos de produção”.
O analista ressalta que, apesar de ser uma boa empresa, para investir nela é preciso ficar atento a fatores externos à companhia, sobre os quais ela não tem controle. Na segunda metade do ano passado, a China passou a produzir aço em um ritmo mais acelerado, na expectativa de um reaquecimento do mercado de infraestrutura do país em 2017.
China
Atualmente no patamar dos R$30, os preços das ações da Vale (VALE5 e VALE3) refletem o momento de euforia do mercado com o preço do minério de ferro. Mesmo com os números positivos, Schweitzer pondera que, em 2015, a China atingiu pico de demanda, mas, já em 2016, apresentou uma pequena retração. “O país concentra entre 50% e 60% da capacidade siderúrgica do mundo. Qualquer movimento, mesmo que pequeno, deve ser olhado com bastante atenção”.
Schweitzer explica que a precificação da Vale é muito atrelada ao preço do minério de ferro internacional. Se este cai, a ação tende a acompanhar o movimento. “No mercado, é frequente a leitura de que o atual patamar de preço é insustentável. Mas isso ainda não está precificado no valor da ação. De acordo com nossas análises, o preço do minério de ferro no longo prazo, em termos de equilíbrio de oferta e demanda, é da ordem de 50 dólares. Se esse cenário se concretizar, ações da Vale podem sofrer desvalorização expressiva”, alerta. (Reportagem enviada pelo Divulgador de Notícias, Dino)
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